Na semana passada, um aluno para fugir da cobrança da tarefa em sala de aula e me amolecer disse: "Pô, professor, sabe que gosto de você pra caramba, né?"
Isso foi motivo de gargalhadas e chacotas entre os alunos da turma que logo insinuou que ele era homossexual. Para contornar a situação, perguntei: "Em que século nós estamos?" Muitos responderam: "Século 21." Continuei: Pois é! Em pleno século 21 e no mundo globalizado e politizado em que vivemos será que um homem não pode falar que tem um sentimento fraternal em relação a outro?"
Pois é, creio que consegui deixar a dúvida na cabeça de alguns, ma, para outros não adiantou muito ou não adiantou nada, ainda insinuaram que eu era homossexual. Não quis prolongar a situação para evitar bate-bocas e causar um certo desconforto entre mim e a turma. Parou por ali.
Depois vi que eles meros mortais, semi-alfabetizados não estão sós nessa concepção preconceituosa: fiquei sabendo das declarações polêmicas do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ)a cantora Preta Gil num programa humorístico. Vide reportagem em
http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/03/29/bolsonaro-meu-filho-nao-namoraria-preta-gil-por-causa-do-comportamento-dela/
Depois dessa, meus alunos estão perdoados e realmente não só eles, mas toda a sociedade brasileira precisa crescer muito e rever seus conceitos, preconceitos e valores em pleno século 21.
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