Ele foi criado para estreitar os meus laços com os parentes, amigos, alunos e simpatizantes e deixar minhas impressões sobre temas diversos, bem como receber comentários acerca deles. Por favor, contribuam com críticas, sugestões e opiniões. Um cordial abraço.
sábado, 30 de agosto de 2014
Minha história II
"Eu nasci há dez mil anos atrás e não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais."
É com essa frase da música do saudoso e grande pensador Raul Seixas, com quem eu muito me identifico, que começo essa segunda parte da minha história. Eu nasci. Minha mãe voltou a trabalhar em pouco mais de um mês depois. Eu fiquei aos cuidados da minha avó e das minhas tias. E como isso foi importante para minha formação enquanto ser humano e homem de verdade! Se sou hoje meigo, carinhoso, sensível, honesto, responsável e respeitador, devo muito a elas, essas mulheres ("ESSAS MULHERES NOS TIRAM E NOS DÃO A VIDA/NOS CURAM E NOS ABREM FERIDAS/DIFÍCIL EXISTIR, SEM ESSAS MULHERES")
Dois anos depois, a minha mãe não aguentou a pressão por causa da discriminação por ser irmã de um dos mais importantes e perigosos criminosos do Recife, Jaime "Preto". A todo canto que ela ia, assim como os outros meus tios, era apontada como irmã do bandido. Ela veio para São Paulo trabalhar como empregada doméstica.
sábado, 23 de agosto de 2014
Minha História Cap. I
Quando penso em falar de mim, lembro destas duas citações abaixo:
Quando nasci veio um anjo safado
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
Chico Buarque
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
Drummond
Foi bem assim comigo. Eu nasci na maternidade de Casa Amarela, Zona Norte do Recife/PE no dia 14 de agosto de 1970.
Minha mãe, empregada doméstica, se encantou por um motorista da antiga CTU (Companhia de Transportes Urbanos). Além de motorista, o senhor Jaime Francisco de Lira era mecânico de automóveis, esportista (ciclista e jogador), torcedor do Sport Club do Recife e amante do automobilismo.
Às véspera do meu nascimento, quando já moravam juntos, a minha mãe descobriu que meu pai tinha mais duas famílias. Ela não aceitou essa situação e se separou dele. Ele ainda tentou reatar a relação e me registrar, mas ela se opôs. Ainda assim, pouco depois que eu nasci, levou-me para que a mãe de criação dele (um tia)me conhecesse. Daí então, seguimos o nosso caminho "torto".
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/mobilidadeurbana/2013/06/ctu-primeira-empresa-estatal-de-onibus-do-recife/
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